A Lenda do Ouro de Botucatu
Reza a lenda que, há séculos, no interior de São Paulo,
mais precisamente nas redondezas da Serra de Botucatu, existia uma pequena
aldeia indígena.
Quando os bandeirantes chegaram, em busca de ouro e pedras
preciosas, foram recebidos com desconfiança pelos nativos.
Um dos caciques, percebendo a cobiça dos homens brancos,
decidiu esconder o maior tesouro da tribo: um baú repleto de pepitas de ouro
bruto, presente de um antigo deus da montanha.
Dizem que o ouro tinha o poder de garantir fartura à aldeia
enquanto fosse usado com sabedoria — mas se caísse em mãos erradas, traria
maldição.
O cacique e seus pajés selaram o baú em uma gruta
escondida, envolta por armadilhas naturais e encantamentos espirituais.
Antes de morrer, o velho líder deixou um aviso:
“A riqueza dos deuses não
pertence aos gananciosos. Quem tentar levá-la será consumido por sua própria
ambição.”
Anos passaram, e muitos aventureiros tentaram encontrar o
tal tesouro perdido.
Todos que chegaram perto desapareceram na mata ou enlouqueceram ao ver ilusões de riquezas que se desmanchavam em poeira.
Até hoje, moradores locais contam que, em noites de lua
cheia, ouve-se o tilintar de moedas vindo da serra, como se o baú estivesse
sendo aberto por espíritos.
Alguns juram que viram sombras carregando sacos de ouro,
apenas para vê-los se transformarem em serpentes ao amanhecer.
Moral da lenda:
O dinheiro, quando buscado com ganância desmedida, pode se
tornar uma maldição.
A verdadeira riqueza está em saber usá-lo com sabedoria, não em acumulá-lo a qualquer custo.
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